Sinais no Escuro em Nome da Verdade.
A noite desce sobre a cidade com passos silenciosos.
Enquanto as luzes do hospital começam a apagar nas alas menos movimentadas, a ala obstétrica permanece viva, não por necessidade médica, mas por proteção.
Helena observa os monitores de segurança no centro de vigilância com a atenção de quem já sabe que o pior não vem com alarde, mas com cautela.
Ava descansa com Sofia aninhada em seu peito.
O quarto foi adaptado para abrigar mãe e filha com segurança reforçada, portas biométricas, câmeras com redundância e acesso controlado por três senhas.
Matilde, ao lado, tricotava em silêncio até o cansaço vencê-la.
Agora cochila sentada, mãos ainda firmes sobre a lã azul.
Caleb está ao lado da janela, em pé.
Olhos fixos na escuridão lá fora. Ele já não tenta dormir.
Há um som que o alerta, não é concreto, é instintivo.
Um tipo de silêncio anormal.
Pousa a mão no bolso interno do jaleco e sente o broche prateado de Sofi.
A pequena âncora gravada n