— Ai, meu Deus, senhorita, o que aconteceu com a sua testa? — Perguntou Ana, preocupada.
O sangue já tinha parado de escorrer, mas tinha se formado um galo enorme ali.
Ana foi correndo pegar um pouco de gelo e, cuidadosa, trouxe para eu colocar.
Ao ver o olhar preocupado dela, senti uma pontada no peito.
Era estranho pensar que até uma funcionária, que nem família era, se preocupava mais comigo que meu próprio pai.
Depois que me escutou prometer que daria um jeito com o dinheiro, ele simplesmente foi embora sem nem perguntar se eu estava bem.
Lembrei do que meu irmão tinha dito cedo no hospital, que nosso pai tinha mudado demais, que agora só pensava em dinheiro e que tinha se esquecido da família.
Na hora, não quis acreditar, mas então entendi tudo claramente.
Apoiada na mesa, tentei ignorar a dor de cabeça, embora o que mais doesse mesmo fosse o coração.
Aflita, Ana sugeriu:
— Senhorita, quer que eu ligue para o Sr. George vir para casa?
— Não! — Fui rápida e balançando a cabeça,