O quarto permanecia numa penumbra silenciosa. No meio daquela escuridão, ficou claro que só havia eu ali dentro.
George realmente não tinha voltado para casa? Saí da cama apressada, determinada a conferir com meus próprios olhos.
Minhas pernas ainda estavam fracas, quase falhei nas escadas, sentindo o corpo ceder de cansaço.
Ana estava arrumando a sala quando me viu descer.
— A senhora acordou! Deve estar morrendo de fome, quer que eu faça algo para comer?
Balancei a cabeça, sem vontade.
— Ana, George voltou para casa essa noite?
— Não, não voltou não. — Ela respondeu, tranquila. — Se quiser que ele venha, posso ligar agora mesmo.
— Não precisa! — Levantei as mãos depressa, tentando parecer despreocupada.
Foi só ao ver o quintal vazio que me dei conta de que tudo não passava de um sonho. Na verdade, eu tinha sonhado com George mais uma vez em uma situação de humilhação e dor.
O vento noturno atravessou a janela e me deixou arrepiada. Só então percebi que estava toda suada, com o corpo