— Será que foi mesmo uma gatinha selvagem que arranhou?
Antes mesmo que eu terminasse de falar, Ricardo soltou uma risadinha na minha direção, carregada de escárnio e ameaça.
Franzi as sobrancelhas e o encarei. Pelo visto, ele realmente queria que eu distorcesse a verdade com a minha própria boca para provocar George.
Ricardo curvou os lábios num sorriso perverso e disse com malícia:
— Você só precisa dizer ao seu Presidente George se eu te forcei ontem à noite. E aí?
George me olhava fixamente, com os olhos frios e ameaçadores, e eu apertei os lábios antes de responder:
— Não.
— Assim está bom. — Ricardo abriu os braços em direção a George com um sorriso. — Eu já disse, eu não forcei essa mulher em nenhum momento. Somos todos adultos aqui, entre homem e mulher, é algo consensual. Imagino que o Presidente George entenda bem disso, não?
George o ignorou completamente, continuando a me fitar sem se mover. Sua voz, de repente, se tornou grave:
— Diga a verdade. Ele fez algo contra você?
A