No entanto, toda vez que eu recuava um passo, ele avançava outro.
Por fim, ele acabou me encurralando completamente contra a parede.
George apoiou as mãos na parede, me prendendo entre seu corpo e a superfície, seus olhos negros e profundos me encararam sem desviar por um instante sequer.
Eu, tomada pelo pânico, desviei o olhar e perguntei:
— O que você quer?
No banheiro do restaurante, eu já tinha deixado tudo bastante claro para ele: não havia nenhuma possibilidade de eu voltar com ele.
"O que ele quer, afinal?"
George me fitava de cima, seu hálito quente roçava meu rosto repetidas vezes.
Senti o coração disparar e tentei me abaixar para escapar.
Mas ele deslizou o braço para baixo e bloqueou meu caminho de novo.
Olhei para ele, aborrecida:
— George...
George esboçou um sorriso. Não sabia se era impressão minha, mas pareceu que um traço de mágoa passou por seus olhos sombrios.
No entanto, ao ver a frieza e o desprezo marcados em seu rosto, achei que estava apenas imaginando coisas.
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