No horário do almoço, assim que cheguei ao refeitório, alguém jogou água no meu rosto.
Quem havia atirado a água não era outro senão um colega do nosso departamento.
Pela manhã, ele ainda conversava e ria comigo, mas no almoço me encarava com uma expressão carregada de raiva.
E não era apenas ele, havia outros colegas também, todos me olhavam com olhos furiosos e cheios de desprezo.
Eu os encarei, atônita, sem compreender o que estava acontecendo.
Minha colega Raquel, que tinha ido comigo ao refeitório, também não compreendia a situação. Ela perguntou, irritada, para eles:
— O que vocês estão fazendo? Sem motivo algum, por que jogam água na Valentina?
— Já foi muito não termos batido nela. Pergunte para ela mesma que tipo de coisa ela fez! — Respondeu Enrico, o colega que me jogou a água, visivelmente irritado.
Olhei fixamente para ele, franzindo a testa:
— O que foi que eu fiz?
— Ora, você ainda tem coragem de perguntar? — Exclama Enrico, tomado pela raiva. — Hoje de manhã, o supervis