Apertei o celular com força, olhando atônita para o nome que apareceu na tela.

Depois que a avó dele adoeceu por minha causa, tentei ligar para ele algumas vezes, mas ele nunca atendeu.

"E agora, por que ele está me ligando espontaneamente? Será que descobriu que me mudei e quer me cobrar satisfação? Mas não é ele quem disse que nunca mais queria me ver? Agora que me mudei, ele não está satisfeito?"

No meu coração atribulado, surgiu, de forma incontrolável, uma expectativa inexplicável.

Mordi levemente os lábios e, sem conseguir resistir, pressionei para atender.

A ligação foi completada. Ouvi a respiração profunda dele do outro lado e meu coração disparou, sem que eu soubesse o que dizer.

Depois de alguns segundos de silêncio, finalmente foi ele quem falou primeiro.

O tom soou muito calmo, quase como uma ordem:

— A vovó quer te ver. Venha ao hospital amanhã.

A expectativa que eu sentia no peito se dissipou no mesmo instante.

Sorri de maneira autodepreciativa.

Pensei que ele tivesse me