Quando arrastei meu corpo cansado e faminto até o sexto andar, o rapaz já me aguardava na entrada da escada:
— Senhorita, qual é o seu quarto?
— Eu... Eu fico no 606.
Na verdade, queria dizer que podia levar minhas malas sozinha a partir dali.
Mas, afinal, ele me ajudou, não seria educado recusar sua gentileza.
Assim que ouviu, o rapaz imediatamente puxou a mala em direção à porta 606, se voltando de vez em quando para me dizer:
— Moro no 602 com a minha mãe. Qualquer coisa, pode me procurar.
— Está bem, muito obrigada.
Quando chegamos à porta do 606, ele me olhou como se esperasse que eu abrisse a porta, sem demonstrar qualquer intenção de ir embora.
Me senti um tanto constrangida, sem saber ao certo o que dizer.
Depois de alguns segundos, peguei a mala das mãos dele e agradeci sinceramente:
— Muito obrigada por hoje. Outro dia faço questão de convidar você e sua mãe para uma refeição.
— Não foi nada, foi só uma coisinha. — Ele olhou para mim, ainda sem demonstrar vontade de sair.
Eu