— Você pode parar de ser hipócrita? Quando xingou minha avó de fingida e quebrou a pulseira que ela te deu, não foi nada delicada.
— Desculpa... — Balancei a cabeça apressadamente, as lágrimas caíam ainda mais fortes. — Eu não sabia que a vovó estava doente assim, eu juro que não sabia, me desculpa.
— Não sabia?
George abaixou os olhos, sorrindo com frieza e escárnio.
— O temperamento da Srta. Valentina, como eu poderia não conhecer? No fundo, você sempre foi orgulhosa, nunca se importou com nada, nunca nos respeitou. Quando minha avó te deu a pulseira que tanto amava, você na verdade sentiu desprezo, não sentiu? Você nunca valorizou o presente dela. Por isso, sabendo ou não da doença dela, você tratou minha avó daquele jeito, não é verdade?
— Não é isso, não é assim...
Balancei a cabeça em pânico. Eu não sabia desde quando, mas era daquela forma que ele me via em seu coração.
George se levantou.
Ele era uma cabeça mais alto que eu, e seus olhos me encaravam com uma frieza ameaçadora.