As luzes da mansão já eram visíveis da rua: fachadas iluminadas, carros importados alinhados como uma exposição de luxo, seguranças de terno ocupando as laterais da entrada. O som abafado da música saía pelas paredes, acompanhado pelo vai e vem de vozes animadas.
— Eu te disse! — Camile quase pulava de empolgação dentro do táxi. — Olha isso, parece cena de filme.
Cruzei as pernas, ajeitando discretamente a barra do vestido vermelho. O tecido grudava no corpo como se tivesse sido moldado sob medida. Meu estômago estava em nós, mas, pela primeira vez em muito tempo, eu não me sentia apagada.
Talvez fossem os sapatos.
— Cena de filme ou armadilha de luxo? — murmurei, tentando parecer indiferente.
Camile riu, me cutucando de leve.
— Não começa. Você está maravilhosa, e vai arrasar.
Suspirei, olhando pela janela. — Maravilhosa não paga contas.
— Ah, mas hoje esquece as contas. — Ela ajeitou os cabelos e sorriu. — Hoje é sobre viver um pouco.
O táxi parou diante do portão, e um segurança im