Ainda no corredor, os ecos das palavras de Lucas com Vanessa chegaram aos ouvidos de Alis, carregados de uma dureza que a incomodava.
— Não se esqueça de ativar a babá eletrônica, Vanessa. Não confio nem um pouco em deixar Liz perto do bebê. Você sabe do que ela é capaz.
— Mas ela nunca se aproxima, seu Lucas. Não sei por que hoje decidiu pegá-lo no colo...
O nó no peito de Alis apertou-se. Confusa e magoada, retornou ao quarto, incapaz de processar o que ouvira. A ideia de que Liz não chegava perto do bebê parecia uma mentira grotesca. Algo estava errado. A irmã falara dele com tanto carinho, como só uma mãe apaixonada poderia fazer. E que mãe suportaria estar afastada de seu próprio filho? Alis sentiu de novo aquele amor desarmado pelo sobrinho, o desejo de protegê-lo, de fingir, ainda que brevemente, que ele era seu.
Perdida em pensamentos, não notou quando a porta se abriu. A presença de Lucas preencheu o espaço, e sua voz cortou o silêncio:
— O que está acontecendo, Liz?
A pergun