Depois de ligar para a irmã, mesmo enfrentando a irritação de Liz, Alis sentiu um alívio tímido pousar sobre o peito inquieto. Ao menos, sua irmã estava bem. Essa certeza, ainda que frágil, trouxe uma leveza que a fez lembrar-se de seu sobrinho. Um sorriso desenhou-se em seus lábios, e ela soube: era tempo de vê-lo.
Com passos cuidadosos, abriu a porta do quarto e lançou um olhar furtivo para o corredor deserto. A casa silenciava, e a ausência de movimento a encorajou. Cruzou o corredor em direção ao quarto do bebê e abriu a porta com uma delicadeza quase reverente. O ambiente era uma poesia em azul: paredes decoradas com ursinhos e anjinhos, um refúgio celestial. No centro, o berço acolhia Lucas Jr., o menino que parecia pertencer a outro mundo.
Os olhos verdes, como esmeraldas líquidas, eram um reflexo do pai; os cabelos negros e a pele morena, uma herança inegável da mãe. Alis ficou ali, suspensa no instante, contemplando a perfeição do sobrinho que brincava com um pequeno chocalho