O símbolo prateado ainda queimava suavemente no pulso de Luna quando ela retornou para casa ao amanhecer. O chalé estava silencioso, exceto pelo ronronar distante de um gato da vizinha e o vento frio que balançava as cortinas. Luna entrou sem fazer barulho, mas não conseguiu ir direto para o quarto. Em vez disso, parou diante do espelho da sala.
Ergueu a manga novamente e observou a marca com mais atenção. Agora estava completamente formada: uma lua crescente com um lobo em seu interior, como se estivessem entrelaçados num eterno ciclo.
Ela tocou o símbolo. Era como sentir um pulso — vivo, vibrante, mágico.
Sentiu-se diferente. Mais desperta. Como se o mundo inteiro tivesse ganhado novas camadas invisíveis que apenas ela conseguia enxergar.
Antes que pudesse refletir mais, seu celular vibrou.
Mensagem de Allan: “Você está bem? Senti algo estranho essa noite. Sonhou com alguma coisa?”
Ela hesitou antes de responder. Depois digitou:
“Não foi sonho. Preciso te ver. Agora.”
Cinco