O céu estava coberto por nuvens pesadas quando Luna saiu do chalé naquela madrugada. Um pressentimento incômodo a fizera despertar com o coração acelerado e a pele úmida de suor. Algo chamava por ela, uma presença sussurrando em seus sonhos, conduzindo seus passos até a floresta.
Vestiu um casaco, calçou as botas e seguiu o caminho silencioso entre as árvores. A névoa rasteira cobria o chão como um véu de mistério, e os sons da noite pareciam mais distantes do que nunca. Havia algo mágico — e ameaçador — naquele silêncio.
A cada passo, a floresta se tornava mais densa. Galhos altos encurvavam-se sobre ela, criando túneis naturais, e a luz da lua mal conseguia penetrar a escuridão. Mesmo assim, Luna sentia-se guiada. Como se alguém a esperasse.
Foi quando uma figura encapuzada surgiu entre as árvores. Ela não sentiu medo. Apenas… curiosidade.
— Você finalmente veio — disse a voz feminina, rouca e antiga.
— Quem é você? — Luna perguntou, o coração disparando no peito.
A mulher ret