A sala estava cheia de vozes. Monitores piscavam, mapas cobriam as paredes, e os homens de Dante falavam todos ao mesmo tempo. Mas ele não ouvia nada. Estava ali, parado no meio do caos, o olhar fixo na porta, o coração batendo como um tambor desgovernado.
Então...
— Senhor Marchesi!
Dante virou com os olhos de um animal prestes a matar.
O assistente respirava com dificuldade, segurando o celular com mãos trêmulas.
— Acharam ela. Num galpão velho, nas docas. Jack a moveu várias vezes… mas agora sabemos exatamente onde. E ela ainda está viva.
Dante sentiu as pernas fraquejarem por um segundo. O mundo ao redor pareceu silenciar. Ele olhou para o celular como se aquilo fosse a própria salvação. Estava tremendo. Mas não disse nada. Apenas girou nos calcanhares, pegou a arma da gaveta e a chave do carro.
Antes de sair, murmurou:
— Preparem o helicóptero. Eu não vou perder mais um segundo.
Quando chegaram ao galpão, era noite. O vento assobiava forte, e a estrutura enferrujada rang