Villano estava encostado na bancada da cozinha, limpando sua arma com calma quase meditativa. Orlov observava pela janela, o cigarro apagado nos dedos. O silêncio era denso, até que V falou, sem tirar os olhos da arma.
— Prepare suas coisas. Vamos ficar um tempo na Rússia.
Orlov virou-se devagar.
— Rússia? Tá falando sério?
Villano assentiu.
— Vladimir Romanov tá fazendo movimentos demais nos bastidores. Quero ver de perto. Sentir o terreno.
— E ela? — Orlov perguntou, indicando com o queixo o quarto onde Ura dormia.
Villano demorou alguns segundos, como se pensasse em mil possibilidades. Depois respondeu:
— Vai com a gente. O casamento… vai acontecer lá.
Orlov ergue as sobrancelhas, surpreso.
— Casamento russo? Você quer mesmo que ela passe por isso?
Villano não respondeu de imediato. Apenas limpou a lâmina com precisão.
— Aqui o pai dela descobriria. Interromperia tudo antes mesmo de começarmos. Na Rússia… é nosso território. Ele não vai tocar nela lá.
Na m