— Isso é inaceitável… — ele murmurou, mais pra si mesmo do que pra gente. — Se isso for verdade… se ela for mesmo a irmã da Laura… eu juro que eu destruo o Barreto com as minhas próprias mãos.
Era a primeira vez que eu via o Luka assim. Não era raiva pura. Era algo mais denso. Uma fúria contida, protetora, que tomava forma no silêncio dele. Quase um transe. Ele continuava olhando a foto como se estivesse diante de uma criança perdida e não de uma mulher ferida até o osso.
Mas ele não dizia mais nada. Só apertava o maxilar como se estivesse tentando manter o próprio coração sob rédea curta. Aquilo o atingira em algum lugar que nem ele sabia nomear.
— O nome dela é Isabel — Elijah continuou. — Ela não fala muito. É reclusa, fechada. Parece viver em um mundo paralelo. Mas é protegida por alguém lá dentro… alguém de alto escalão.
Foi aí que eu tive certeza.
Isabel.
Não era só uma coincidência. Não era só mais uma mulher na fotografia com o rosto partido.
Era ela.
A irmã perdida da