Meu estômago virou, minha garganta se fechou, meus olhos não conseguiam desviar. Não era um respingo, uma gota, uma mancha. Era tudo. Era ele. Era o que ele tinha feito. E agora eu via. Agora eu sabia.
Não consegui dizer nada. Fiquei parada, imóvel, encarando aquele homem que, segundos antes, tinha me chamado de santa. A luz brilhava sobre ele, revelando o horror.
Senti o medo crescer dentro de mim, como um calor sufocante. Meu corpo reagiu antes de mim; me encolhi um pouco, um movimento instintivo, quase imperceptível, mas ele viu. Ele sentiu. Eu tinha medo dele.
E por mais que eu quisesse negar isso, por mais que parte de mim ainda quisesse entender, eu sabia: eu estava com medo. E ele sabia disso também.
Mas ele não recuou.
— Não precisa ter medo de mim, Sfântă mea. — Ele disse de novo, agora com a voz mais baixa, mais gentil.
Alexey estava coberto de sangue. E mesmo assim, meu coração batia como se algo dentro de mim ainda quisesse acreditar que aquilo fazia sentido. Que el