Assenti com a cabeça, ainda surpresa com a rapidez da transição.
— Desculpa. É o costume — ela disse, sorrindo com naturalidade, como se aquilo fosse totalmente normal. — Eu sou fluente. O Luka também é. Na verdade, foi uma exigência dele que eu aprendesse. Ele sempre foi muito rígido com os estudos. Um verdadeiro carrasco, se você quer saber. E não só com idiomas.
Ela deu uma risadinha e se aproximou da cama como se fôssemos velhas amigas reencontradas.
— Então, Laura, finalmente você acordou! Eu tenho tanta coisa pra te mostrar. A casa é linda, você vai adorar! — Ela sorriu com tanto entusiasmo que quase me deu vertigem.
Respirei fundo, tentando encontrar algum equilíbrio. Ela esperava uma resposta. Esperava alguma reação.
Então eu assenti lentamente. Foi então que eu percebi que o dia havia começado de fato. O sol já estava brilhando forte lá fora, e a luz atravessava as cortinas, me lembrando de como o dia ia se arrastar — como se eu tivesse perdido o controle do que acontec