Assim que avista Luka, seus olhos se estreitam, e sua voz corta o ar, falando em um idioma que me escapa completamente:
— Где Вова?
Luka responde de imediato, também em russo, num tom que soa casual, mas firme. Não faço ideia do que estão dizendo. O idioma parece duro, completamente incompreensível para mim. Me sinto deslocada, Ela é de estatura média, cabelos castanhos longos e ondulados, com olhos azuis claros que analisam o ambiente com precisão.
Eles continuam trocando algumas palavras, e eu observo, tentando ler alguma coisa nos rostos deles, mas é inútil. A única coisa que consigo identificar é que o clima entre eles é tenso, e que ela — quem quer que seja — tem um tipo de autoridade sobre todos ali.
É só então que Luka muda de idioma:
— Não vai voltar hoje — diz, em português.
A mudança me pega de surpresa. Eu me endireito na cadeira, um pouco mais atenta, aliviada por entender pelo menos parte da conversa. A mulher, no entanto, não para por aí. Ela também responde em