Ela me puxou para um abraço forte, longo. Havia tanto carinho naquele gesto que quase me fez desistir.
— Quer que peça um chá para nós? A cozinheira preparou biscoitos de mel…
— Não precisa. Eu… só queria ficar um pouco aqui. Com você.
— Quer que eu peça um chá? — Ela perguntou, com aquele tom gentil de sempre.
— Não precisa, mãe. Eu só…Senti que precisava vir um pouco aonde eu cresci. Eu acordei com esse sentimento de que precisava estar em casa hoje. — a mentira flui com tranquilidade dos meus lábios. Mas pela primeira vez não me sinto mal por estar mentindo.
Ela ficou surpresa, mas não questionou. — tudo bem, se você não se importar eu vou apenas acabar de repassar algumas ordens para os empregados e já volto para te encontrar. — Apenas sorriu e foi terminar o que já estava fazendo.
Assim que ouvi o som dos empregados e os passos dela indo para a outra parte da casa, soube que a oportunidade havia chegado.
O escritório do meu pai estava à minha frente, sua porta entreabert