O cristal negro pulsava na mão de Vaalerian como um coração agonizante. Cada batida ecoava não só no silêncio do jardim, mas em sua própria alma. Ele olhou para a janela semiaberta dos aposentos de Elira , a mesma janela de onde ela sorrira para ele na noite anterior, com seus olhos dourados que agora lhe pareciam uma mentira cuidadosamente encenada.
Vaalerian não gritou, não correu. Sua fúria era gelada, calculista. Ele fechou a mão envolta do cristal até que suas pontas cortaram sua pele, e o sangue escorreu sobre a pedra.
Para sua surpresa, o cristal reagiu não com escuridão, mas com um brilho vermelho fraco, como um sinal de alerta.
— Ela não é totalmente uma deles. sussurrou uma voz em sua mente
— a voz de Vorax, fraca, mas clara.
— Ela está presa, filho. Como eu estive.
Sem hesitar, Vaalerian levou o cristal até Scarlet.