No reino além do tempo e do espaço, onde a realidade era um pergaminho úmido e o futuro tinta ainda não seca, o Observador pairou sobre o Livro de Possibilidades. A página que narrava o confronto final no Círculo de Pedras agora estava imóvel, as dramáticas manchas de escuridão e os clarões de luz branca fixados em uma cena final e serena.
A intervenção que ele havia feito, aquele simples, porém fundamental fortalecimento do tecido da realidade permitiu que o sacrifício de Kieran ocorresse sem desfazer o próprio palco da existência. A narrativa seguiu seu curso. Selenna, uma mancha de tinta pútrida e insistente, foi dissipada. Sua história, uma linha que teimava em se entrelaçar apenas para destruir outras, finalmente foi retirada do grande tear.
Mas o Observador não observava o que estava escrito. Seus sentidos cósmicos estavam fixos no que não estava.
O fio de Kieran.
Não era mais um fio de prata vibrante, tecendo estratégias e laços com precisão matemática. Também não era um