A luz do amanhecer entrava suavemente pela janela do quarto de Aether, iluminando a poeira dourada que dançava no ar. Luna e Kael estavam sentados em sua cama, observando o irmão mais velho com expressões sérias. A urgência na mensagem dele para se reunirem antes do nascer do sol era incomum.
Aether respirou fundo, suas mãos tremendo levemente. Como explicar o inexplicável?
— O que o Observador me mostrou… não era apenas sobre a escuridão, ele começou, sua voz um pouco rouca. Era sobre o pai.
Luna inclinou-se para frente, seus olhos azuis, tão parecidos com os de Kieran se arregalando. Kael manteve sua postura firme, mas seus dedos se contraíram sobre os joelhos.
— O fio dele… no grande tear da realidade… não se rompeu, Aether continuou, as palavras saindo em um fluxo agora.
— Está lá. É apenas um eco, uma memória teimosa… mas está lá. E quando a escuridão do Coração da Serpente se aproxima… ele reage.
Kael franziu a testa. Reage como?
— Como ele sempre fez, a voz de Aether se f