Ponto de Vista: Máximo
Meus punhos batiam contra o volante com tanta força que, por pouco, não quebrei os próprios ossos.
— "Porra!" — rosnei, acelerando o carro pelas ruas iluminadas de Palermo.
A maldita. A desgraçada da Serena. Ela tinha conseguido entrar debaixo da minha pele de um jeito que nem Isabella, com toda sua manipulação e jogos psicológicos, jamais conseguiu.
Por que diabos aquele cheiro, aquele olhar, aquele corpo... ficaram grudados em mim como maldição? Cada palavra, cada provocação dela, ecoava na minha cabeça como uma martelada incessante.
“Você me odeia porque, no fundo, te apavora a ideia de que eu posso te fazer esquecer ela.”
Mordi o lábio com tanta força que senti o gosto metálico do sangue.
Estacionei na porta da boate da família. Entrei ignorando olhares, acenos, sorrisos falsos e convites velados. Eu não queria conversa. Eu queria afogar aquele maldito incêndio que Serena acendeu dentro de mim.
— "Máximo!" — ouvi a voz de Paolo, vindo até mim no bar VIP. — "