Ponto de Vista: Máximo
Quando Paolo me contou que Giullia e Natália tinham levado Serena pra boate da família, eu ri. Um riso seco, descrente, que morreu na garganta no segundo seguinte.
— "Ela não teria coragem..." — murmurei, pegando o casaco.
Mas teve.
Assim que pus os pés naquele inferno iluminado por néons e movido a álcool, música e luxúria, meus olhos a encontraram. E foi como levar um soco no estômago.
Serena.
Vestido preto colado ao corpo, tão curto que mal cobria o necessário, realçando cada curva, cada pedaço do corpo que até então eu só tinha imaginado — ou sonhado em possuir. Sem sutiã, os bicos dos seios perfeitamente marcados sob o tecido fino. E a calcinha... Ou melhor, a ausência dela, porque era visivelmente um fio dental que mais insinuava do que escondia.
Meu maxilar travou. As mãos cerraram em punhos. E o pior... não foi só vê-la assim.
Foi vê-la sorrindo. Mas não pra mim.
Pra um desgraçado qualquer. Alto, bonito, bem vestido, que se aproximou com dois drinks nas