Ponto de vista de Máximo Bianchi.
Eu estava prestes a explodir.
Andava de um lado pro outro no escritório como um animal enjaulado. O maxilar travado, os punhos cerrados. A raiva fervia no meu sangue, queimando cada veia, cada célula do meu corpo.
— “Porra... onde essa maldita se enfiou?” — rosnei, chutando a cadeira que voou contra a parede.
Já fazia dias que minha equipe estava vasculhando cada canto dessa cidade, cada beco, cada buraco, atrás daquela desgraçada. E nada. Absolutamente nada.
A prostituta. A mulher que apareceu do nada destruindo meu casamento, colocando em xeque tudo o que eu sou, tudo o que eu construí com Serena.
Meus olhos ardiam, minha cabeça latejava, e a ansiedade me consumia como ácido corroendo aço. Eu não era um homem paciente. Nunca fui. E agora... estar de mãos atadas, sem respostas, sem controle, estava me deixando à beira da loucura.
Foi então que a porta se abriu com força, e Enrico entrou.
— Encontramos. — disse, ofegante, como quem correu uma