Capítulo 61- O abismo da ira se fundindo ao desejo.
Ponto de vista de Máximo Bianchi.
O relógio parecia zombar da minha cara. Cada tic-tac era um soco no meu estômago. Quinze dias. Quinze malditos dias que pareciam uma sentença de tortura psicológica.
E eu… eu estava prestes a perder o pouco de sanidade que ainda me restava.
Estava no escritório, de pé, com as mãos apoiadas na mesa, olhando pro nada. O rosto tenso, as veias pulsando nas têmporas.
— “Porra, Enrico... Porra, Paolo... Me diz que vocês têm alguma coisa nova. Me diz que descobriram alguma merda, qualquer coisa!” — vociferei, chutando a cadeira que foi parar longe.
Enrico passou a mão no rosto, exausto. Paolo apenas cruzou os braços, sério.
— Nada ainda, Máximo. — Enrico respondeu, quase engolindo as palavras. — Ela não tem histórico, não tem rastros. Parece que surgiu do nada.
Bati com força na mesa, fazendo os copos tremerem.
— “Isso é impossível, caralho! Ninguém surge do nada! Isso é golpe, merda, é golpe!” — gritei, sentindo meu sangue ferver.
Paolo s