A chuva caía fina sobre a floresta, tamborilando nas folhas e criando um som hipnótico que misturava-se ao vento e ao crepitar da lareira na cabana. O ambiente estava acolhedor, um refúgio do mundo lá fora, e Marina sentia cada detalhe penetrar nela — o cheiro da madeira úmida, o aroma do café recém-passado, o calor que emanava de Kieran enquanto ele se movia pela cozinha, sem camisa, cada músculo delineado e cicatrizes marcando seu corpo como mapas de batalhas e histórias que ela ainda mal compreendia. Meu Deus… ele é perfeito. Não posso pensar nisso, não agora… Mas não consigo não olhar.
Ela se enrolou mais no cobertor, observando-o ajoelhar-se diante dela, oferecendo uma caneca fumegante.
— Está com frio, princesa? — disse baixinho, e Marina sentiu algo derreter dentro dela.
— Não… — respondeu, tomando um gole, o calor do líquido se espalhando por seu corpo e competindo com o calor que já sentia só de estar perto dele.
O silêncio entre os dois era carregado, quase elétrico. Ela