Kieran caminhava rápido pelos corredores de pedra lisa do prédio principal, segurando a mão de Marina como se o mundo pudesse desmoronar a qualquer momento. Seu passo era firme, decidido, quase agressivo contra o chão de mármore, e o eco ressoava pelas paredes como batidas de um coração desesperado. O calor da pele dela queimava contra a sua, mas não trazia conforto; era como segurar uma chama que poderia se apagar a qualquer instante.
Para ele, Marina era mais do que sua companheira: era o elo que unia seu espírito selvagem àquilo que ainda havia de humano dentro dele. Mas, naquele momento, a sensação era de que esse elo estava prestes a ser arrancado pelas garras invisíveis do inimigo.
Marina acompanhava seus passos largos, mas sentia-se arrastada pela urgência dele. A palma da mão estava úmida dentro da dele, não apenas pelo calor, mas pela ansiedade que se espalhava pelo corpo como um veneno. Seu coração batia como um tambor em marcha de guerra, cada batida ecoando nos ouvidos,