A noite caía sobre a mansão como um véu de seda, envolvendo tudo em sombras delicadas e silêncios carregados de promessa. Desde que haviam reatado, Alice e Daniel estavam se redescobrindo com a fome de quem já conhecia o gosto do outro, mas agora queria mais — mais verdade, mais entrega, mais pele.
Naquele dia, Daniel encerrara uma videoconferência tarde, trancado no escritório, e Alice, inquieta, passava os dedos pelo corrimão da escada enquanto o esperava. As últimas semanas tinham sido de aproximação intensa. As feridas ainda existiam, sim, mas agora sabiam onde doía um no outro. Sabiam o que machucava e o que curava.
Alice não era mais a moça contida que um dia entrara naquela casa para limpar vidros. Agora, carregava um brilho nos olhos que vinha da coragem de enfrentar tudo e todos. Daniel sabia disso. E desejava cada parte daquela mulher — especialmente a que ainda resistia um pouco a ele.
Quando a porta do escritório se abriu e ele surgiu no corredor escuro, sem paletó, com os