A manhã chegou nublada, o céu carregado de nuvens baixas que pareciam anunciar não apenas chuva, mas uma mudança inevitável. Alice acordou com o coração apertado, um pressentimento estranho tomando forma em seu peito, ainda antes dos primeiros raios tocarem as janelas da mansão.
Telma entrou no quarto em silêncio, o olhar baixo, as mãos trêmulas segurando um telefone.
“Alice... temos que ir ao hospital. Sua mãe... ela não acordou bem.”
O mundo pareceu girar ao contrário. Alice tentou se levantar rapidamente, mas uma dor aguda cortou-lhe o ventre. Ainda assim, insistiu. Precisava vê-la. Precisava estar com ela.
Ao chegar ao hospital, a notícia caiu como uma lâmina.
Dona Tereza não resistira ao agravamento do quadro cardíaco. Partira durante a madrugada, sem dor, segundo os médicos. Adormeceu e não acordou mais.
Alice sentiu as pernas falharem. Daniel a segurou antes que ela caísse.
“Não... não pode ser... ela prometeu que estaria comigo... que veria os netos...”
O grito ficou preso em