A brisa da noite entrava pelas janelas abertas da grande mansão, balançando as cortinas leves como se sussurrasse segredos antigos entre as paredes que já testemunharam tantos silências. Alice estava sentada no terraço, os olhos voltados para o jardim, onde as flores noturnas se abriam timidamente sob a luz prateada da lua.
Daniel se aproximou devagar, trazendo duas xícaras de chá. Colocou uma diante dela e sentou-se ao seu lado. Não disseram nada por alguns segundos. O silêncio agora não era mais desconforto, mas cumplicidade.
"Você tem dormido bem?" ele perguntou, por fim.
"Não muito. Mas não é culpa sua desta vez," ela respondeu com um leve sorriso.
Daniel riu baixo. "Eu sinto que não devia estar tão feliz por você estar aqui de novo. Mas estou."
Alice virou-se para encarar seu rosto. "Eu também estou. Ainda que uma parte de mim continue em alerta."
"Eu entendo. Eu estraguei tudo. Mas juro, estou disposto a fazer qualquer coisa para provar que você pode confiar em mim."
Ela olhou p