O carro estacionou na frente da mansão e Emma ficou olhando pela janela por alguns segundos antes de sair. A fachada era diferente, muito mais clara agora, pintada de um branco que refletia o sol da tarde. O portão de ferro novo brilhava como se tivesse saído da embalagem naquela manhã. Mas o que chamava atenção dela era o cheiro. Antes, sentia que a casa tinha um odor velho de madeira úmida misturado com perfume barato, sempre impregnado no ar. Agora cheirava a tinta fresca e móveis novos. Não parecia a mesma casa.
Juan abriu a porta para ela e estendeu a mão. Emma desceu devagar, arrastando os tênis no piso de pedra. Ayla vinha logo atrás, com a barriga enorme, uma das mãos apoiada nas costas. Emma observava cada movimento dela, a respiração curta, os pequenos suspiros. Queria ajudar, mas não sabia como.
— Você está bem, Ayla? — Emma perguntou, preocupada.
— Estou sim, querida. Só um pouco cansada — Ayla respondeu, forçando um sorriso.
Entraram juntos. O hall estava iluminado demais