Capítulo 170

Tudo era mentira.

Diana acordava sozinha havia anos, e já nem estranhava. A cama larga, sempre com um lado intacto, travesseiro sem cheiro de ninguém. Naquele apartamento novo, mais frio que o antigo da Bela Vista, a rotina era um espelho repetido: café solitário, jornal deixado sobre a mesa, pastas empilhadas na bolsa de couro.

Fazia poucas semanas que tinha assumido o cargo de delegada ali. O ar da cidade era diferente. Não só pelo cheiro de terra depois da chuva, mas pela memória grudada em cada esquina. Ali estavam as cicatrizes abertas. Ali estava Ayla.

Ver a irmã de longe, caminhando pelas ruas de calçamento gasto, ao lado de Juan e da filha pequena, era como receber facadas silenciosas. Não porque os odiava, mas porque o contraste era insuportável. Ayla, apesar de tudo, parecia inteira. E ela, Diana, só colecionava ausências.

Nunca tentou se aproximar. Não teria como. O perdão não existia, mas o afastamento era mais suportável que as conversas quebradas. No fundo, Diana não que
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