Meses se passaram desde aquela noite.
A noite em que Ryan sorriu pela última vez, encarando o mundo com a calma de quem sabia que, enfim, tinha feito o certo.
A noite em que uma casa caiu… e uma família se levantou.
Eles foram embora no dia seguinte. Sem festa. Sem adeus. Só com o que podiam carregar e aquilo que não podiam deixar: as lembranças. As marcas. As dores e as pequenas alegrias que ainda se escondiam entre os destroços.
A cidade nova era silenciosa, cercada de árvores e de gente que não sabia nada sobre eles. E isso era um alívio. Ayla escolheu o lugar — uma casa modesta, de varanda larga e um quintal com grama alta que Emma adorou à primeira vista. Tinha espaço para recomeços ali. E era tudo o que precisavam.
Ayla ainda acordava no meio da noite, o coração disparado, como se o passado insistisse em sussurrar seu nome. Mas agora, havia silêncio depois do susto. Havia um braço que a envolvia devagar — o de Emma, ou o de Juan, quando vinha buscá-las no sofá. Havia café no dia