Do lado de fora, o céu parecia suspenso no tempo. O sol já começava a cair, tingindo tudo de dourado, mas ninguém conseguia ver beleza ali. O que dominava era o silêncio tenso — aquele tipo de silêncio que só aparece quando se sabe que algo está prestes a terminar.
Ryan estava lá dentro. Trancado. E pela última vez.
Pela janela alta da mansão, eles o viam. Ayla apertava Emma com força contra o peito, tentando proteger a garota da visão, mas a menina levantou os olhos bem a tempo de ver Ryan. Ele sorriu.
Um sorriso calmo. Quase sereno.
Como se, no fundo, já estivesse em paz com tudo.
Ryan ergueu a mão. Um gesto lento. Um aceno. Seu olhar percorreu o rosto de cada um ali fora — demorando um segundo a mais em Amanda… e depois em Emma. Seus lábios se moveram. Murmurou algo. Quem sabia ler bocas entendeu:
“Desculpa.”
Lá dentro, ele já havia conectado os fios. Sabia que a explosão precisava acontecer, mas controlada, antes que o sistema principal fosse ativado. Ele havia isolado parte da es