O avião tocou o solo, e Evelyn fechou os olhos por um instante. “Bem-vinda de volta”, murmurou para si mesma. Depois, baixou o olhar e completou em pensamento: “Mas desta vez, você não está sozinha.” Inclinou-se e beijou com ternura a testa de Oliver, que dormia tranquilo em seu colo, alheio ao mundo ao redor.
Ao atravessar o saguão do aeroporto, seus olhos encontraram Beth, que aguardava com visível ansiedade. Evelyn apressou o passo e, assim que chegou perto, deixou-se envolver pelo abraço da amiga. Desmanchou-se em lágrimas, soluçando de maneira irreprimível. Beth a acolheu com firmeza e carinho, oferecendo o ombro sem dizer nada — apenas estando ali, presente.
Depois de alguns minutos, com o pranto finalmente acalmado, Evelyn aceitou o lenço que Beth lhe estendia e secou os olhos. Em silêncio, seguiram juntas em direção à saída, como quem retoma, passo a passo, o caminho de volta à vida.
— Podemos ficar em um pequeno hotel. Tenho uma reserva — disse Evelyn.