Evelyn abraçou Benjamim com força, o coração acelerado enquanto segurava o papel com o endereço antigo de Jacob — o único fio que a ligava à verdade que tanto buscava.
— Não crie expectativas muito altas, Evelyn — disse Benjamim com um olhar preocupado. — Já se passaram mais de trinta anos... Muita coisa pode ter mudado. É possível que ele não more mais lá. Mas talvez... algum vizinho ainda se lembre. E isso pode ser o começo.
— Eu sei, Benjamim... — respondeu Evelyn com um meio sorriso, os olhos marejados. — Mas esse endereço já é uma esperança. É mais do que eu tinha ontem. Vou ligar para Reginald. Ele me prometeu que estaria comigo em cada passo dessa jornada.
Ela fez uma breve pausa e então, com delicadeza, perguntou:
— E falando em Reginald... ele chegou a pedir que você encontrasse os verdadeiros pais dele?
Benjamim baixou o olhar, como se aquela pergunta ainda pesasse.
— Não, Evelyn. Cheguei a tocar no assunto, de forma sutil... mas ele nem quis ouvir. Mudou de con