Felipe Diniz
Helena.
Desde o instante em que meus lábios tocaram os dela, nada mais no mundo teve importância. Eu tentei resistir. Tentei manter a máscara do CEO inabalável, focado em negócios, frio como mármore. Mas a verdade é que ela me desarmou com uma única fraqueza: a lembrança do que já foi meu, do que sempre deveria ter sido meu.
Helena Assunção. Heleninha Magalhães...
Meu amor de infância... O meu presente mais perigoso.
Ela pensa que não a reconheci. No início, diante do impacto por tamanha beleza, e pelo sobrenome que hoje sei que pertence ao marido morto, imaginei ter me confundido. Mas bastou a nossa proximidade, o seu olhar tímido, o rubor no seu rosto e os seus olhos tão doces quanto o mais puro mel preso nos meus, para que tudo viesse à tona, e as memórias que por anos tentei manter enterradas ressurgissem com uma força devastadora.
Agora, cada vez que ela entra na minha sala, meu corpo reage como se fosse território em guerra. Desejo e raiva se misturam em doses vene