Mundo ficciónIniciar sesiónHelena fugiu da miséria na Bahia em busca de um futuro melhor, mas acabou presa em um golpe que quase destruiu sua vida. Sozinha em outro país, sem dinheiro e sem documentos, ela só queria sobreviver. Até cruzar o caminho de Nathan Keen, o magnata arrogante, lindo e temido que comanda a maior agência de modelos dos EUA. O primeiro encontro deles explode: ele a humilha diante de todos, ela reage… e o tapa que acerta o rosto do bilionário vira o início de uma guerra intensa. Nathan nunca foi desafiado. Helena nunca foi dominada. Entre atritos, provocações e uma química proibida que nenhum dos dois consegue ignorar, eles são arrastados para um jogo perigoso. Mas quando o passado de Helena volta disposto a destruí-la, apenas um homem tem poder suficiente para protegê-la. Exatamente aquele que ela jurou odiar.
Leer másNathan KeenSábado à noite.O tipo de noite em que qualquer homem normal só pensa em beber, dançar e enfiar alguém na cama.Saio do banho com a toalha na cintura, água escorrendo pelos ombros. Olho meu reflexo no espelho do closet enquanto pego a calça social e a camisa. Movimentos automáticos. Tão acostumado a esse ritual que já não preciso pensar para ficar impecável.Relógio no pulso, camisa perfeitamente alinhada, alguns botões abertos, barba por fazer no ponto certo entre sofisticado e perigoso. Perfume caro. Pronto.As mulheres sempre derretem.Inclusive a que eu mais quero ver derretendo… por motivos errados.Valentina.Só de lembrar do tapa que levei, meu maxilar trava. Nenhum homem nunca ousou encostar a mão em mim daquele jeito. Nenhum sócio, nenhum concorrente, nenhum idiota em mesa de negociação. Nem meu pai.Mas ela?Uma desabrigada que ele trouxe da rua para dentro do meu mundo...Ela teve a ousadia.E vai pagar por isso.Desço as escadas e encontro Anthony me esperando
Nathan KeenSábado.O dia em que qualquer homem normal estaria pensando em descansar, jogar conversa fora ou aproveitar o sol lá fora.Mas eu não sou um homem normal.Eu sou Nathan Keen.E hoje acordei com um único pensamento martelando no meu crânio:Valentina. A selvagem. A insolente. A mulher que teve a audácia de me dar uma bofetada na frente de todos.Meu corpo ainda sente o resquício da raiva — e, pior, algo que não consigo definir.E eu odeio não entender meus próprios impulsos.Jogo um braço sobre os olhos, afundado na cama king-size, enquanto o quarto permanece silencioso.Deveria estar satisfeito após a transa de ontem à noite — e foi boa, muito boa.Ela gemia do jeito certo, rebolava do jeito certo, fazia exatamente o que eu gosto.Mas nada... absolutamente nada apagou da minha cabeça a imagem daquela morena erguendo a mão e acertando meu rosto.Ninguém jamais ousou levantar a mão para mim.Nem meu pai.Nem inimigos.Muito menos uma desconhecida sem eira nem beira.E, ainda
Helena Evelyn Quando desliguei o telefone, minhas mãos ainda tremiam. Apoiei a testa na porta e respirei fundo umas três vezes.— Pronto, Helena… agora além de documentos falsos, você tem uma mentira gigante pra sustentar — murmurei pra mim mesma. — Parabéns, campeã.Mas se eu ficasse ali, ia acabar chorando, e eu não queria estragar a maquiagem que Ketley prometeu fazer em mim. Então empurrei a culpa pra dentro de um cantinho escuro do peito, calcei o salto e desci.Ketley já me esperava na sala, linda como sempre. Vestido preto colado, cabelo impecável, perfume chique que eu nem sabia o nome.— Minha Nossa Senhora… — ela me olhou de cima a baixo e sorriu. — Valentina, se Victor não cair aos seus pés hoje, eu mesma empurro ele.— Deixe de besteira — revirei os olhos, sem graça. — Você que gosta dele.Ela travou por um segundo.— Do que você tá falando?— Ketley… — suspirei. — Você fala dele diferente. Fica com o olhar caidinho, parece que engole seco quando alguém comenta que ele é
Helena Evelyn O fim de semana finalmente chegou, e eu agradeci mentalmente a Deus pelo simples fato de não precisar olhar para a cara daquele homem insuportável. Só isso já deixava meu peito mais leve. Nathan Keen era como uma pedra no sapato: arrogante, grosso, metido e capaz de estragar meu humor com uma única frase.Só de lembrar do olhar dele, meu sangue fervia.Mas hoje… nada de Nathan. Nada de estresse. Nada daquela sensação de que estou pisando em um campo minado dentro da Model.As meninas insistiram para irmos a uma festa, e Victor — sempre gentil — havia me convidado pessoalmente. Eu aceitei no impulso, encantada com a educação dele, mas agora… não sei. Meu corpo dizia “vai”, mas minha cabeça dizia “fica em casa e dorme”.Victor era maravilhoso. Cabelos ruivos com brilho de fogo, olhos tão azuis que pareciam o céu depois da chuva. Educado, carinhoso, um príncipe. E o mais estranho: solteiro. Com toda aquela beleza, com aquele jeito doce, não era possível que ninguém tivesse
Nathan Keen Eu estava disposto a fazer Valentina pagar por cada segundo da afronta que cometeu contra mim. Aquela bofetada não foi apenas um gesto impulsivo — foi uma humilhação. E humilhações, comigo, nunca passam impunes.Como eu jamais encostaria a mão em uma mulher, encontrei outra forma de puni-la: tarefas, ordens, trabalho exaustivo, tudo o que estivesse ao meu alcance dentro do limite profissional… mesmo que isso significasse empurrá-la para funções que não pertenciam a ela. Era a única maneira de colocar essa selvagem em seu devido lugar.E funcionou.Ela anda fugindo de mim pelos corredores como se eu fosse algum tipo de fera prestes a atacá-la.Bom.Que tenha medo.Desde quando uma simples funcionária acha que pode levantar a mão pro dono da empresa? O tapa dela ecoa na minha mente como um incêndio que não se apaga. Eu poderia tê-la demitido naquele exato momento, e teria dormido tranquilo. Mas não pude. Meu pai, com toda sua mania de benevolência, se meteu.— “Ajude essa
Helena Evelyn Eu já estava arrependida antes mesmo de pisar na passarela.Luzes fortes, música alta, gente rica por todos os lados… e eu ali, de calcinha e sutiã, tentando parecer confiante enquanto minha alma queria fugir correndo de volta pro interior da Bahia.Ketley dizia que eu tinha o corpo perfeito. Talvez tivesse. Mas não era isso que importava. O que me travava era outra coisa.Ou melhor, outra pessoa.Ele.O moreno dos olhos negros. O arrogante. O demônio disfarçado de CEO. A criatura que Deus com certeza criou num dia de mau humor: Nathan Keen.Eu jurava que não ia olhar na direção dele. Jurei pra mim mesma, pra Nossa Senhora e pra todos os santos do céu. Mas assim que dei o primeiro passo na passarela, senti.O olhar.Pesado, quente, irritante.Levantei o queixo, fingi que era poderosa, que estava acostumada a desfilarem de lingerie na frente de desconhecidos… e encontrei os olhos dele na primeira fila.Claro. Onde mais aquele infeliz estaria?Pernas abertas, braço jogad










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