Nathan Keen
Sábado.
O dia em que qualquer homem normal estaria pensando em descansar, jogar conversa fora ou aproveitar o sol lá fora.
Mas eu não sou um homem normal.
Eu sou Nathan Keen.
E hoje acordei com um único pensamento martelando no meu crânio:
Valentina. A selvagem. A insolente. A mulher que teve a audácia de me dar uma bofetada na frente de todos.
Meu corpo ainda sente o resquício da raiva — e, pior, algo que não consigo definir.
E eu odeio não entender meus próprios impulsos.
Jogo um braço sobre os olhos, afundado na cama king-size, enquanto o quarto permanece silencioso.
Deveria estar satisfeito após a transa de ontem à noite — e foi boa, muito boa.
Ela gemia do jeito certo, rebolava do jeito certo, fazia exatamente o que eu gosto.
Mas nada... absolutamente nada apagou da minha cabeça a imagem daquela morena erguendo a mão e acertando meu rosto.
Ninguém jamais ousou levantar a mão para mim.
Nem meu pai.
Nem inimigos.
Muito menos uma desconhecida sem eira nem beira.
E, ainda