A noite já havia caído quando Lucca trancou a porta da mansão. Tomás dormia no quarto de hóspedes, exausto após o dia cheio. Helena já tinha voltado para o hotel, deixando no ar um clima silencioso e denso de coisas não ditas.
Amanda estava de pé na varanda, uma taça de vinho na mão, os olhos perdidos na vista noturna da cidade. O vento brincava com seus cabelos, e o blazer agora pendia nos ombros com descuido.
Lucca se aproximou devagar. Ele já a conhecia bem o suficiente para perceber quando ela estava prestes a recuar… ou a ceder.
— Tá tudo bem? — perguntou com a voz baixa, quase um sussurro contra a nuca dela.
Amanda não respondeu de imediato. Virou-se devagar, os olhos firmes e um brilho úmido contido nas pupilas. Entregou-lhe a taça de vinho.
— Bebe. — A voz dela era firme. — Eu não quero que você diga nada hoje. Só… me mostra.
Lucca entendeu. Não era noite para justificativas. Nem promessas.
Era noite de entrega.
Ele deixou a taça sobre a mesa e avançou. As mãos deslizaram pela