135: Aurora... Começo Depois da Noite Escura
Cinco anos depois...
Amanda Costa caminhava sozinha pelo novo pavilhão cultural da Fundação, agora rebatizada como Instituto Aurora — nome escolhido em homenagem aos recomeços que nascem depois da escuridão e a sua pequena filha, fruto do seu amor com Lucca. Seus passos ecoavam suavemente sobre o piso de madeira polida, enquanto a luz do fim da tarde invadia os corredores através das amplas janelas de vidro, lançando reflexos dourados nas paredes cobertas por quadros, murais e fotografias.
Ela parou diante de uma imagem em preto e branco.
Ali estavam ela, Lucca, e dezenas de crianças rindo em meio a tintas espalhadas, papéis amassados, mãos sujas e olhos brilhantes. A oficina de arte que salvou a Fundação da falência. A mesma oficina que quase a destruiu — e que agora era símbolo do renascimento.
Amanda sorriu.
Não por orgulho. Mas por algo mais raro e precioso: paz.
Naquela imagem estava tudo o que o mundo tentou apagar — a pureza de um propósito, a integridade de quem resistiu, e o