Epílogo

A casa já estava em silêncio. Mas era o tipo de silêncio bonito — não o que vem da solidão, mas o que nasce da paz. Da plenitude. Do depois.

Lá fora, uma garoa fina dançava sobre o jardim iluminado por fios de luz âmbar. O vidro embaçado refletia sombras que se moviam lentamente, como se o tempo tivesse enfim aprendido a caminhar com calma.

Lá dentro, o perfume de lavanda se misturava ao cheiro quente de madeira antiga, páginas de livros gastos e massinha de modelar esquecida no canto do tapete.

Amanda estava sentada no chão da sala, descalça, com Aurora aninhada no colo. A filha mais velha usava um pijama azul-clarinho, com estrelas bordadas nas mangas, e embora sonolenta, seus olhos insistiam em permanecer abertos. Como quem sente que adormecer seria perder um milagre.

Lucca entrou em silêncio, com uma manta nas mãos e o olhar cheio daquela ternura que só os homens que desmoronaram por amor sabem carregar. Ele havia apagado as luzes do corredor, fechado os livros infantis no quarto
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