O plano era simples. Mas perigoso como dinamite em mãos trêmulas.
Amanda, Lucca e Davi estavam trancados na sala de comando da presidência — uma sala ampla, com janelas espelhadas e persianas semicerradas que filtravam a luz do sol da manhã como lâminas douradas sobre o chão de madeira.
O ar estava denso. O silêncio só era quebrado pelo leve som das teclas sendo pressionadas sob os dedos de Amanda.
Ela digitava como quem manuseia uma arma. Cada palavra pensada. Cada cláusula, uma armadilha disfarçada de oportunidade.
O contrato falso com a empresa fictícia “Green Nova Inc.” era uma obra-prima de manipulação: sofisticado, tentador, e estrategicamente plantado com todos os gatilhos que alguém como Leonel — e quem estivesse por trás dele — não resistiria em puxar.
— Isso vai fazer os olhos dele brilharem — Amanda disse, sem levantar o olhar da tela. A luz do monitor projetava reflexos azulados em seus olhos, que pareciam mais frios do que nunca.
Lucca observava em pé, ao lado dela, braço