Amanda estava de pé diante da janela da suíte, apenas com uma camisola fina que caía suavemente sobre suas curvas, o tecido colando-se à pele ainda aquecida pelo calor do dia e da tensão que a coletiva deixara para trás. Do lado de fora, a cidade brilhava como um organismo vivo, pulsando sob os seus pés — um tabuleiro de luzes que parecia insignificante diante da tempestade que se aproximava.
Ela inspirou fundo, tentando acalmar o coração. Sentia-se mais leve, sim — como quem acabara de expurgar um veneno antigo — mas ao mesmo tempo, sabia que a guerra estava longe de terminar. Mauro não cairia em silêncio.
As portas do quarto rangiam levemente, e ela sentiu a presença de Lucca antes mesmo de ouvi-lo.
Ele se aproximou em silêncio, seus passos descalços abafados pelo carpete macio. Parou atrás dela e a envolveu com os braços. Suas mãos quentes repousaram sobre o ventre dela, puxando-a devagar para si. O calor do corpo dele era um convite. Um abrigo.
— Foi corajosa hoje — murmurou c