No dia seguinte.
O salão de convenções do Grand Royal Hotel, no coração de São Paulo, fervilhava. Os lustres de cristal refletiam a claridade dos flashes incessantes das câmeras, criando um clima surreal — quase teatral — no cenário preparado às pressas para o evento. Jornalistas de todos os grandes veículos do país disputavam espaço com repórteres de sites independentes e canais digitais, todos ansiosos pelo que prometia ser a coletiva mais explosiva do ano.
No centro do palco, o púlpito em acrílico carregava o logo da Construtora Mancini, agora envolto em uma aura de escândalo. As cadeiras da primeira fileira estavam tomadas por colunistas influentes e analistas do mercado financeiro. Havia tensão no ar. E fome por manchetes.
Então, a porta lateral se abriu.
Amanda entrou com passos firmes, vestida de branco. A escolha não era aleatória: pureza, clareza, ruptura. Cada detalhe tinha sido pensado. O cabelo preso em um rabo de cavalo elegante. Os olhos delineados, sérios. Ao seu la