O dia amanheceu com uma aura quase sagrada. Um dourado macio tingia o céu, e uma brisa morna acariciava as cortinas do quarto como mãos invisíveis que embalavam um renascimento. Era como se o universo, em reverência silenciosa, suspirasse junto com Amanda, celebrando o milagre de ela ainda estar ali — viva, inteira, amando depois de tanto ter sido partida.
A luz do sol invadia o quarto com delicadeza, deslizando por sua pele como um carinho antigo que a vida devia. Amanda fechou os olhos por um instante, tentando memorizar a sensação. Porque parte dela ainda não acreditava que merecia aquele silêncio bonito, aquela calmaria que não gritava, apenas existia.
A mansão dos Mancini, normalmente imponente, agora parecia envolta em magia. As flores brancas espalhadas entre folhagens e tons dourados não eram só decoração: eram testemunhas de um amor que sobreviveu ao caos. O perfume de jasmim que ela usava — o mesmo da noite em que conheceu Lucca — parecia abrir um portal para todas as versõe