Ele um CEO, focado no trabalho, até conhecer sua nova secretaria que o enfeitiça, fazendo abrir mão da de sua herança. Para no final o abandonar com a filha recém nascida. Ele continua sonhador, mas com a morte dos pais, de forma trágica, se vê forçado por sua família a se casar novamente, nesse relacionamento, nada de amor, nada de atração, seria apenas respeito e negócios. Mas descobre que está sendo usado, para manipular o dinheiro da família. Ele novamente abre mão de tudo, e some com sua filha. Vai para longe, onde é ajudado por uma moça, pura, dedicada, que luta para manter em pé os negócios do falecido pai. Ela tem os seus fantasmas do passado, por ter descoberto a traição do noivo, um mês antes do casamento, noivo esse que foi embora com o amante e todo o dinheiro da empresa. O amante que deixou esposa e filhos, e muitas dividas. Eles feridos, encontram apoio um no outro, mas será que terão coragem de amar outra vez? As dúvidas do passado? As verdades não ditas? O medo de amar? No meio de tudo isso teremos Mabel, a pequena que fará a diferença na vida de todos.
Ler maisABNER MIGUEL
— VOCÊ ACHA QUE É QUEM PARA RECLAMAR DE ALGO SEU IDIOT@? MIGUEL, VOCÊ É NADA MAIS QUE UM EMPREGADO NOSSO! MUITO EFICIENTE! MAS, NÃO QUEREMOS NADA ALÉM DO SEU TRABALHO. SE QUER CONTINUAR NO SEU CARGO, OBEDEÇA, CASE COM ZILÁ, ELA É DE BOA FAMÍLIA, VAI TRAZER BOAS RELAÇÕES PARA NÓS. ELA É SEU PRIMO NÃO PODEM FICAR JUNTOS POR ENQUANTO. O PAI DA MULHER DELE, O DEPUTADO, ESTÁ APOIANDO O SEU PRIMO, ELE NÃO PODE DEIXAR AQUELA SEM GRAÇA DA MULHER DELE, MAS TAMBÉM NÃO IRÁ ABDICAR DO AMOR DA VIDA DELE. VOCÊ FARÁ O PAPEL DO MARIDO DE ZILÁ, QUEM SABE COM SORTE ELA FICA GRAVIDA, E VOCÊ VAI TER OUTRO FILHO. NADA ALÉM DE UM EMPREGADO, ISSO QUE VOCÊ É, ASSIM COMO FOI O SEU PAI.
Essas doces palavras, eram ditas por Dora, a madrasta de papai, ela quem mandava nessa família, há muito tempo. O meu avô, Miguel, apesar de ser muito forte, bravo, na frente dos outros, não passa de um boneco nas mãos dela.
Papai falava que isso era o preço que ele pagava, por trair tanto, pois ela sabia de cada amante dele, por isso, fez com que fizesse uma vasectomia, assim garantia que apenas os filhos dela seriam os herdeiros legítimos.
O porquê da gritaria? Simples! Peguei o meu primo Marcos, na cama com a minha noiva Zilá, uma mulher que me parecia uma pedra de gelo, gritava como louca há poucos minutos, quando questionei o que aconteciam, recebi um tapa de Dora, que completou tudo com esse lindo discurso.
Virei as minhas costas, com ela ainda gritando.
Dirigi por um tempo, parando perto da praia, gosto de vir aqui, ver as ondas fortes, balançando no mar, faz com que a inquietação no meu peito se acalme.
Começo a refletir sobre toda a minha vida, toda a minha origem, pergunto-me qual o meu objetivo aqui nesse mundo.
Carrego comigo o nome de dois grandes homens, a sua maneira, o meu avô materno Abner, e Miguel o meu avô paterno.
Na verdade, por meu pai, seria apenas Abner, ele sempre foi mais apegado ao pai da minha mãe, do que ao próprio pai.
Somos de uma família ligada ao mundo do automobilismo.
Tanto na fabricação, quanto nas corridas.
A família do meu avô Abner, foi pioneira nas corridas, enquanto a de Miguel pioneira nas montadoras de carro, ele filho único assumiu os negócios.
Trabalhamos com duas grandes marcas de carros.
Papai era o mais velho dos filhos, sendo, do primeiro casamento do meu avô, que traiu a minha avó quando ela estava grávida. Ela não resistiu, acabou morrendo no parto, papai foi criado, pelos empregados, como eles mesmo dizia.
A amante, mesmo assim, não ganhou o cargo de esposa, vovô, ficou com ela, um tempo, depois largou a mulher, sem dar nada para ela, quando casou novamente, com a irmã do vovô Abner, foi mais um casamento de arranjo comercial, comum na época. Vovó Abgail foi uma mãe para papai, segundo ele, que sempre lembrava dela, que faleceu quando ele tinha seis anos, a família dela acolheu papai, como parte da família.
Porém, ela também, foi traída, e morreu também no parto, mas a crianças, também não resistiu.
Essa amante, tinha um algo a mais, pois conseguiu o posto de esposa.
Talvez, por já ter dois filhos de vovô Miguel, tio Marcos e Márcio, gemeos, que eram dois anos mais novos que papai, detalhe forte disso tudo, Dora foi mãe aos quinze anos, ou seja, vovô a escondeu por um bom tempo.
Dora para assumir o posto de esposa fez vovô passar muito poder para ela, fazer a vasectomia, não que isso fez com que vovô não a traísse, mas agora ele não tinha tanto poder com dinheiro, Dora que tem uma origem familiar desconhecida tornou-se a rainha dessa família, mimando os filhos com tudo que tinham direito, e deixando papai esquecido.
Com a chegada dessa família na casa do meu avô, papai foi realmente deixado de lado, encontrando consolo na família da madrasta falecida.
Foi essa família que deu apoio e carinho para ele. Até que com quinze anos foi estudar fora, voltando para assumir as empresas das duas famílias e casar com mamãe, sua paixão da adolescência.
O seu cargo, que agora é meu, já que os seus irmãos, nunca quiseram esse posto, nem os filhos deles, que são mais velhos que eu.
Pergunto qual o meu papel no mundo.
Na verdade, perguntas nesse momento não me faltam.
Sempre tentei fazer o meu melhor, filho amável, obediente, sempre dedicado.
Fui namorador, mas nunca iludi ninguém.
Sou o caçula dos primos, da parte de mamãe não tenho outros primos. Na verdade, a família dela termina em mim e a minha filha, pois era apenas ela era filha única.
Fui o primeiro a entrar na faculdade, já com dezesseis anos cursando, duas faculdades ao mesmo tempo, não sobrou tempo para muitos namoros.
Papai, também fez com que cursasse um técnico, ligado a carros, aprendi a lidar com a administração, mas também sei montar e desmontar qualquer carro, de qualquer marca, mesmo as que não trabalhamos.
Como estagiário nos mundos dos negócios, vovô Miguel, ficou muito orgulhoso do meu desempenho.
Papai sempre falava, ele gosta do seu trabalho, não de você, não de quem você é.
Hoje essa realidade veio a tona.
Será que nunca ninguém, olhou para mim além do CEO competente do automobilismo?
Acredito que não, na faculdade, as meninas vinham até mim, quando descobriam o meu sobrenome, nas baladas, era só falar quem era que conseguia uma mulher para ir para minha cama.
Falar que era neto do Grande Miguel da montadora, e sinonimo de status social.
Por isso, acabei deixando de lado, isso de baladas, não queria uma interesseira na minha vida, sempre sonhei com um amor verdadeiro, um amor eterno, assim como os dos meus pais, como sou idiot@, isso não é para todos, e definitivamente não é para mim.
Olho as ondas, a agitação delays só não é maior que a agitação aqui no meu peito, enquanto lembro de tudo que já passei, por ser quem sou.
INGRIDPapai costumava falar que sou dura na queda, por isso continuo viva, pois a quantidade de acidentes que já passei, o número de pontos que já levei, nem lembro mais.Alguns podem dizer que sou desastrada, azarada, mas digo, sou resistente, pois apenas assim para ainda estar em pé, e não digo dos tombos físicos, mas os emocionais.Hoje ainda durante o café recebi a ligação do senhor Cloves, não gosto desse homem, nem da família dele, acham que podem mandar em todos apenas por terem dinheiro. A mulher deixou ele e fugiu com o amante, a filha que tem a minha idade, era a princesinha da escola, bem assim ela achava, ninguém gostava dela, mas fingiam para não ir contra a família, eu nunca fingi; por isso, ela sempre esteve no meu pé, o irmão dela, esse não suporto, acaba de sair do segundo casamento, vive atrás de mim.O senhor Cloves usava os trabalhos da nossa oficina, mas quando o filhinho dele, Clodoaldo, levou um NÃO, em praça pública, no caso o meu NÃO, ele não trouxe mais nem
ABNERTudo que precisei nessa vida o dinheiro deu, não estou a ser soberbo, mas sim realista.Não sei o que é receber algo sem dar nada em troca, aprendi que as pessoas sempre pediram um pagamento, ninguém vai ser educado com você verdadeiramente, os amigos são poucos, podendo contar nos dedos, não podemos ser iludidos, aprendi a viver dessa forma, sem ajuda, mas sim com trocas.Porém, quando voltamos para a oficina, as portas já estavam fechadas.Na porta um bilhete: "PARA COZINHA'— Estão a aprontar alguma coisa. — Bruno falou com as sobrancelhas erguidas.Caminhamos até lá onde já se ouvia muita conversa, além do pessoal da oficina, tinha mais gente.— BOA NOITE! — Falamos juntos.— BOA NOITE!— Abner e Bruno, parabéns pelo trabalho de hoje! — Ingrid que estava com a mão toda enfaixada falou. — Agora Abner, tomei a liberdade de conversar com o pessoal, que foi falando, e falando. Resolvemos fazer um chá de casa nova para você e Mabel.— Todos aqui colaboraram com algo, somos unidos
ABNERSai da oficina com Bruno, numa caminhonete adaptada, com uma minioficina.— Iremos à fazenda de uma das famílias mais rica da cidade.— Você conhece todos por aqui, a cidade parece pequena.— Nem tanto, mas trabalhando aqui a mais de dez anos, sim, conheço.— Então o seu filho mais velho não nasceu aqui na cidade? — Perguntei curioso, queria conhecer as pessoas que irei conviver.-Marcos e Marcio são da capital. Mas, como você pode perceber, nem eles, nem Marcela, são meus filhos biológicos.— Eles parecem muito com a mãe, não havia imaginado...— Que não eram meus?— Sim, até porque percebi que eles são muito apegados ha você.— Eles são a minha vida. Estou com Mara há três anos. Mas, desde antes, já me sentia pai dos três. Eu nunca poderei ter meus filhos biológicos. Eles nasceram, aqui.Ele apontou para o próprio peito, aquilo foi bonito.— O pai das crianças?-Sumiu no mundo. Mas, essa história, não é minha, envolvi muita gente, por isso vamos ter que tomar ainda muita cerve
ABNERIngrid é diferente de tudo que já conheci, uma pessoa que abre a sua casa dessa forma, para um estranho, tudo bem, que sei que ela está armada.Mas, ela tem cuidado bem da minha filha, isso que me importa.Tivemos sorte de encontrá-la, pois com essa chuva, nem quero imaginar o que teria acontecido.Comecei a assistir filme com as duas, que riam animadas, não sei em que momento dormi.Estava num sono tranquilo, calmo, algo que não tenho há anos.Mas comecei a sonhar, corria num campo com as duas rindo ao meu redor, estávamos felizes, brincando, com isso mexi o meu corpo e cai.Cai do sofá, onde estava sentado vendo filme, mas cada o filme, onde elas estão.Levantei assustado, olhei em volta, as lembranças voltando, na janela do lugar já era possível ver o sol.-Mabel! Mabel!Sai procurando, olhei para a escada, o meu coração batendo acelerado, será que toda a bondade daquela mulher era para fazer algum m@l, fui enganado por um rosto bonito outra vez.Subi as escadas correndo, vi
INGRIDAcredito que a vida é feita de recomeços, segundas oportunidades, tudo para podermos acertar ou errar outras vezes, claro que quero acertar.Com isso na cabeça que chamei todos da oficina na época, e contei toda a verdade, recebi apoio de todos.Em um mês a oficina já havia saído do vermelho, já tínhamos dinheiro em caixa para garantir permanecer no mercado.Tio Otávio saiu do coma antes de Mara, vieram morar em casa, mas logo foram para o sítio, não queria ver ninguém, deram-me, uma procuração para cuidar de tudo.Olavo, não ligou nem para saber dos pais, nada, simplesmente sumiu com Roberto.A 'quitinete do recomeço', tem esse apelido, por ser ali que alguns de nos já nos refugiamos.Foi construida com conteiner, ao lado da oficina, papai contava, que mudou para ali, após a morte de mamãe, moramos ali até os meus dez anos.Ramom e Julia, um casal que trabalha aqui, descobriram que ela estava gravida, aos dezoito anos, os pais expulsaram ela, os dois moraram na quitinete por d
INGRIDNo hospital as surpresas só aumentavam, descobriram que o plano de saúde de Mara havia sido cancelado, o senhor Otávio disse que pagaria tudo, foi passar o cartão que deu cancelado.O meu deu saldo insuficiente, Bruno não pensou muito e gastou todas as suas economias, para salvar Mara e a criança.Não estava entendendo nada, mas não poderia sair dali, fiquei com o celular dela na mão, por volta das cinco da tarde recebi a ligação da escola das crianças, pedindo para o responsável ir buscar.Informei o que havia acontecido, mais ou menos, e informei quem iria pegar as crianças.Bruno mais uma vez ajudou, buscou os meninos, tentou aminizar a situação, não queria contar a verdade para as crianças, acabou a levar eles para a sua casa, e contratou uma senhora para ficar como babá.Um funcionário da oficina, ligou, dizendo que Olavo havia aparecido na oficina por volta das duas da tarde, e liberou todos fechando a oficina mais cedo, que isso iria atrasar o serviço.Não estava entendo
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